segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Review: The Idolm@ster Cinderella Girls (2ª temporada)

A segunda temporada de The Idolm@ster Cinderella Girls foi bastante diferente em certos pontos da primeira temporada. Na primeira temporada a base do anime foi ver o desenvolvimento das garotas, cada uma resolvendo seus conflitos e chegando ao final com um concerto de sucesso. A segunda temporada também teve isso, mas além disso teve um plot maior que deu um tempero para a segunda temporada que também vi em parte da série original da franquia. Surge a nova diretora da 365 Production que irá mudar tudo que a garotas conheciam até então!

Foi exatamente isto que acabei de descrever. A nova diretora já começa seu trabalho na diretoria dissolvendo todos os departamentos e querendo criar novos! Ela tem uma visão completamente diferente do que a produtora estava seguindo até aquele momento e resolve mudar tudo segundo a sua visão, os produtores e as idols querendo ou não. Ela é uma personagem que todo que assistirem vão aprender a odiar desde cedo, mas algumas decisões que ela toma também se provam corretas e até ajudam as garotas até certo ponto. Enfim, o produtor do Cinderella Project, obviamente, não concorda com isto e bate de frente com ela, todo o desenvolvimento dele se mostrou nessa hora. No fim, o produtor propõe um projeto para a diretora para tentar manter o Cinderella Project ativo. A diretora aceita, provavelmente não esperando muito já que ela não concordava com a visão dele e achava que iria falhar. A partir daí todo o desenvolvimento e conflitos que as garotas passam tem como objetivo o sucesso desse projeto.



O anime levanta muitas questões que podem surgir na vida de idols por aí a fora, embora eu não tenha total certeza disso. Aceitar projetos que podem afastá-las dos fãs, por exemplo. Os fãs fazem uma idol e ela deve crescer junto com seus fãs, na minha visão, e esta visão foi mostrada no anime. Entre outros exemplos de conflitos como a validade de construir um personagem para se promover como idol como a Miku faz sendo uma neko-idol. Também teve questões relacionadas a timidez e também decisões que as garotas tiveram que tomar: aceitar novos projetos e evoluir como idol a custo das unidades já estabelecidas no Cinderella Project ou recusar, podendo se arrepender depois ao se ver estagnada? Enfim, todas as garotas do grupo se viram envolvidas em algum conflito que as desenvolveram ainda mais em relação a primeira temporada, cada uma de forma bastante equilibrada, sem se focar muito em uma ou em outra, o que achei bom. Para um anime de 12 episódios, fez um excelente trabalho de desenvolvimento de personagem.


Embora tenha dito que o desenvolvimento foi bem equilibrado, a Uzuki teve um destaque um pouco maior, sendo o último conflito do anime e que também engloba muitos dos conflitos anteriores já que ela se sente para trás com todo a evolução que suas colegas experienciaram. Tanto a Rin quanto a Mio, suas parceiras na unidade New Generation, descobriram novos talentos durante novos projetos que elas aceitaram: a Rin formou uma nova unidade e descobriu que canta muito bem; a Mio descobriu seu dom para atuar.  Uzuki, no entanto, desde sempre, só tem seu sorriso, a razão de ter sido escolhida, segundo o produtor. Ela não acha isso suficiente. O fim é bastante interessante, vale a pena conferir!



Assim, na minha opinião, no roteiro o anime foi impecável mais uma vez. Já a qualidade de animação foi tão boa como na primeira temporada, o que já era esperado: mesma equipe, mesma qualidade. As músicas não têm o que falar, elas chegam a emocionar em alguns momentos, mesmo não entendendo a letra, somente pela melodia e o contexto. Realmente foi mais um trabalho impecável, com certeza se juntará a minha seleta lista de animes que deixará saudade e que irei rever no futuro. 

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Experiência com a Shonen Jump americana

Fazendo intercâmbio nos Estados Unidos por 1 ano, estou tendo a oportunidade de experimentar a Shonen Jump americana, que é publicada digitalmente pela VIZ Media aqui nos Estados Unidos, estando também disponível em outros países de língua inglesa. O que chama mais atenção é o quão barato é a assinatura de um ano, $25,99, em relação ao bom serviço oferecido.

A Shonen Jump americana começou ser publicado há alguns anos atrás como Shonen Jump Alpha, sendo algo longe do que e hoje. A revista era lançada a cada duas semanas e, obviamente, não era simultânea com o Japão, além ter um line-up menor. Hoje, a revista é simultânea e tem uma line-up muito mais completa, com quase tudo o que os leitores aqui no ocidente gostam de ler da Shonen Jump. A surpresa é que o preço de $25,99 era o mesmo na época da Shonen Jump Alpha. O serviço melhorou exponencialmente, mas não houve aumento de preço, o que é excelente.



Apesar da questão do preço antes e agora não ter feito diferença para mim, continua sendo barato para o serviço oferecido. A line-up atual da revista é composta por mangás da própria Shonen Jump: One Piece, Bleach, Toriko, Shokugeki no Soma, Nisekoi, My Hero Academia, Black Cover e World Trigger; os dois mangás da Jump SQ mais populares no momento: Blue Exorcist e Seraph of the End; além de Onepunch-man e Yugioh Zexal. É uma line-up de respeito que me satisfaz completamente, eu nem ao menos leio tudo que tem na revista. As séries da Jump são lançadas semanalmente simultaneamente com o Japão, os da Jump SQ são lançados assim que possível no início de cada mês. Onepunch-man está um pouco atrasado devido ao hábito do Murata de refazer capítulos, mas não é um problema grande. Não conheço a periodicidade de Yugioh Zexal, mas provavelmente está colado no Japão também.

Quanto a edição e tradução, não tenho do que  reclamar, apesar de ter algumas diferenças entre ela e as traduções que lia antes, mas são fáceis de perceber e se acostumar. Como a revista é publica simultaneamente com o Japão é bem notável que a qualidade da tradução e edição não caia. Pela lógica, é isso que esperamos de uma publicação profissional, mas também sabemos que nem sempre é assim. O leitor utilizado no site da revista é bom, de fácil uso e com uma resolução muito boa. Também já li no celular e é tão bom quanto. Apesar da tela pequena é possível ler tudo sem dificuldades.

 Outro serviço muito interessante da revista é o  Jump Start, onde a revista publica os três primeiro capítulos de toda nova série publicada na revista japonesa. No começo a mais popular era publicada permanentemente, mas acho que a VIZ percebeu que as novas séries publicadas na Jump são muito instáveis e há um grande número de cancelamentos. Ainda assim, Jump Start nos dá um gostinho das novas séries, é muito bom de ler, mas também dá aquele gostinho de quero mais no final dos três capítulo, se você realmente gostar da série.

O único problema não é realmente um problema da revista. Os scanlators são mais rápidos como sempre e lançam antes do lançamento oficial causando alguns incidentes com spoilers, o que pode ser muito ruim para quem lê a publicação oficial, hoje posso dizer como esses leitores se sentem ao passar por isso. Apesar disso considero continuar assinando a revista após voltar para o Brasil, seria muito continuar a prestigiar o esforço da VIZ em trazer o melhor dos mangás shounen para o ocidente, mas teria que usar proxy para isto.

Pedidos não faltam para que a VIZ expanda sua lista de países contempladas com a Shonen Jump. Sempre que o assunto é trazido atona, a VIZ diz que está trabalhando para isto, mas até hoje nada concreto a respeito de expansão, muito menos para o Brasil. Só nos resta cruzar os dedos e torcer. Eu sem dúvida assinaria, não é todo dia que vemos um serviço tão bem feito e que merece a popularidade que possui. Que o esforço da VIZ faça outras editoras fazerem o mesmo com outras revistas no Japão. O mercado de mangás digital nos Estados Unidos está muito avançado e tem tudo para que isto aconteça. Porém, isto é assunto para um próximo texto.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Review: The Idolm@ster Cinderella Girls (1ª temporada)

Após uma excelente experiência com The Idolm@ster resolvi começar o segundo anime da franquia logo em seguida: The Idolm@ster Cinderella Girls. Minha experiência com animes sobre grupo de idols é bem pequena, The Idolm@ster está sendo o meu primeiro, mas minha experiência com animes em geral me diz que segunda temporada ou um novo anime de uma franquia sempre traz muitas similaridades e acabam não sendo uma experiência tão boa. Bom, na minha opinião, Cinderella Girls pode ser considerada uma exceção à regra. Ele tenta se diferenciar da série original o máximo possível e da melhor forma possível. A primeira temporada do anime alcançou isto muito bem.

A primeira diferença aparece logo no primeiro episódio. Na série original as garotas já se conhecem faz um tempo, o anime começa no momento em que o novo produtor é contratado. Em Cinderella Girls, as garotas são reunidos e se conhecem durante o anime. Isto também significa que as garotas de Cinderella Girls possuem menos experiência, e isto fica claro durante alguns episódios, onde há conflitos entre o produtor e algumas garotas. O produtor também se desenvolveu junto com elas, melhorando na forma de se comunicar, que no início era muito ruim e causa mal-entendidos. Outra diferença, que acho crucial para todo o desenvolvimento, é que na série original as garotas começam seus trabalhos juntas e vão tomando caminhos separados durante o anime, mas nunca sem esquecer de sua amizade. Em Cinderella Girls é o contrário, o projeto idealizado pelo produtor separa as garotas em unidades de acordo com seus estilos e habilidades. No fim de anime elas se juntam, a princípio sem sincronia, mas acabam ultrapassando as dificuldades. Foi um paralelo interessante minha opinião. 



As garotas também possuem personalidades bastante diferenciadas, tanto entre si, como em relação às garotas da série original. O anime conseguiu dar um pouco de espaço para cada garota, falando delas quando suas unidades eram formadas, mas espero mais detalhes na segunda temporada. De qualquer forma, foi possível se apegar a algumas, que chamaram mais minha atenção.

 Anastasia é metade russa e frequentemente mistura russo com japonês, algo muito fofo na minha opinião, principalmente o jeito pausado com que ela fala japonês (descobri um novo fetiche?). Não entendo muito de russo, mas na minha opinião a dublagem da Anastasia foi muito feliz, realizada por Uesaka Sumire, que, segundo sua biografia, possui interesse na Rússia; com certeza ela sabe ao menos um pouco de russo e não foi escolhida por coincidência. Enfim, Anastasia é com certeza uma personagem interessante, que não foi tão explorada na primeira temporada, mas os momentos que apareceu foram excelentes.

Rika é a preguiça em forma de idol (risos), ela não gosta de trabalhar e está sempre fugindo de seus afazeres. Aparentemente ela se tornou idol para gravar CDs e viver com dinheiro de royalties, assim não tendo que trabalhar mais. Apesar de estar sempre com preguiça, dormindo e sendo perseguida pela Kirari, que cuida dela como se fosse sua mãe, quando ela precisa fazer seu trabalho ela faz excepcionalmente, desta forma parece não haver problemas entre ela e a produtora. De qualquer forma, ela é bem engraçada e fofa, principalmente em seu pufe que ela trouxe para o escritório para dormir.


Ranko é a gótica e chuunibyou do grupo, e também a minha favorita. Ela sempre fala de um jeito “enigmático” que ninguém entende, exceto a Miria, por alguma razão, e isso traz vários problemas para ela quando sua carreira solo é decidida, havendo mal-entendidos sobre a imagem que ela queria passar e a imagem que as pessoas tinham dela. Apesar de se vestir de negro e falar sobre sombras e escuridão o tempo inteiro, ela é na verdade bastante fofa, tímida e delicada, não gostando, surpreendentemente, de filmes de terror, por exemplo. Anastasia é grande amiga dela, apesar de ela entender ainda menos o que a Ranko diz, graças as palavras difíceis que ela usa. A forma como a Ranko se desenvolve e como ela desenvolve seu relacionamento com as outras garotas é bastante interessante.


Todas as garotas são fofas a seu jeito, mas a Miku é imbatível. O sonho dela é ser uma neko-idol, ela adora gatos e faz o possível para se comportar como um, você vomita arco-íris vendo ela falando ou fazendo qualquer coisa. Provavelmente muitas pessoas não vão gostar dela por causa disso, podem até achar irritante, mas eu gosto desse tipo de personagem e isso não faz com que ela seja rasa, muito pelo contrário, ela se preocupa demais com sua carreira e há momento emocionantes com ela, na parte onde ela não sabe ainda quando irá estrear como idol. Ela é uma personagem muito mais interessante do que aparenta e com certeza não é só fanservice.


Por fim, a Rin me interessa pelo seu background. Ela foi encontrada pelo produtor na rua e teve que ser abordada na rua várias vezes até aceitar o pedido de ser idol, chamaram até a polícia para o produtor porque ele não tem uma cara amigável, confundiram ele com um stalker (risos). Mas o que o produtor disse para ela foi profundo e interessante, ele notou que ela não tinha um interesse grande por nada e que não tinha uma perspectiva para seu futuro. O produtor a convidou para ser idol com esse intuito, por julgar que ser idol seria a coisa que ela iria ter real paixão. A primeira temporada acaba com alguns desenvolvimentos nesse assunto, mas nada conclusivo. Espero a história completa na segunda temporada.

Apesar de ter se resumido a cinco garotas, cada uma tem alguma parte que as torna interessantes e que fazem você querer saber mais sobre elas. Talvez no review da segunda temporada eu faça uma descrição mais completa de todas. Por ora, resta saber que ficarei mais de olhos nas cinco que listei, que ainda tem muito a serem desenvolvidas.

No geral o anime foi bem estruturado e teve um pacing muito bom mostrando a evolução de todas de forma bastante razoável e ficando bastante fechadinho. Se eu não soubesse que tem uma segunda temporada eu estaria relativamente satisfeito, apesar de querer saber mais sobre cada garota. Foi por isto que dividi o review em temporadas, incialmente pretendia fazer um post para as duas, mas mudei de ideia porque acho que a segunda temporada será uma história completamente nova. Como na série original, a animação também foi fantástica, não deixando a desejar em nenhum momento, especialmente nas apresentações. A músicas também foram excelentes, como esperado. Enfim, mais uma grande experiência, vou começar a segunda temporada imediatamente porque estou ansioso para saber mais sobre cada uma das garotas e ver elas evoluindo como idols. Até breve com a segunda parte do review! 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Primeiras Impressões - Inverno 2016

Como é comum em outros blogs, também trago nesta temporada minhas primeiras impressões de cada anime que estarei assistindo. Minha lista de animes sempre é bem pequena, mas espero que gostem e achem útil. Escrevi todos os textos logo após terminar de assistir o primeiro episódio para que tudo estivesse fresco na mente, também tentei ser breve. Vamos às impressões!

HaruChika: Haruta to Chika wa Seishun Suru



HaruChika teve um primeiro episódio razoável na minha opinião, mas ainda não dá para saber se essa linha da mistério continuará ou não, embora tenha parecido que sim já que detalharam bastante toda a explicação do enigma, um lado que gostei já que tenho interesse em criptografia. Confesso que se continuar assim será interessante, acho que nunca vi um anime de mistério com música. Sobre os personagens, gostei bastante da Chika, achei ela engraçada e também gosto do tipo esforçada, embora não ache que ela tenha que se forçar a ser fofa (ela jé é). Somente o final que foi muito estranho e não ficou muito compatível com o resto do episódio, pareceu meio jogado para mim. Apesar disso continuarei vendo, parece que será divertido.

Boku dake ga Inai Machi (ERASED)



E se você tivesse a oportunidade de voltar ao passado e tentar corrigir erros que cometeu e superar traumas? O primeiro episódio de Boku dake ga Inai Machi (ou ERASED) terminou dando a entender que esta é a proposta do anime. Quando eu o peguei para ver, por causa de curiosidade quanto ao mangá, eu não esperava essa pegada sobrenatural do personagem principal ter algum tipo de poder para voltar ao passado, mas foi uma boa surpresa e acabou possibilitando essa proposta interessante. O primeiro episódio não explicou muito, deixando para os próximos episódios, agora que o personagem está no passado e tentará resolver o mistério das abduções ocorridas em sua infância e que ele foi forçado a esquecer por sua mãe, possivelmente por causa do trauma. Estou ansioso para o próximo episódio. Agora ele é nada mais que uma criança. Como ele resolverá esse mistério?

Pandora in the Crimson Shell



Confesso que não esperava muito de Pandora in the Crimson Shell, peguei porque tinha na FUNimation, que eu assino, e gostaria de usar meu dinheiro melhor nessa temporada, só isso, nenhum interesse particular. Mas acho que acabou se saindo melhor do que a encomenda, não é uma obra-prima, mas me faz rir bastante por causa das cenas loucas, como ter que colocar a mão dentro da barriga (para ser inocente) da Clarion para que possa ser feita a transferência de poderes. Eu gostei das três personagens principais, acho que será interessante seguir a aventura delas, seja lá a intenção do anime, que ainda não ficou claro. Vou continuar acompanhando, mesmo que seja só pela comédia, que acho que continuará firme e forte até o final do anime.

Dimension W



Escolhi Dimension W para assistir nessa temporada porque descobri que o mangá é a obra atual de Yuji Iwahara, autor de O Senhor dos Espinhos, com o qual tenho muito apreço. Comprei o mangá quando saiu pela JBC somente pelo traço bonito, não sabia nada sobre a história e me surpreendeu de forma muito positiva. Dimension W não está sendo diferente, gostei bastante do primeiro episódio, é possível perceber o estilo do Iwahara nele. O primeiro episódio não deu muitas informações, deixou muitas perguntas, ainda mais depois daquela explosão, que também não sabemos muito bem o porquê aconteceu. Tudo ainda está obscuro, mas os personagens e a forma como o episódio foi estruturado deixa você querendo saber mais sobre a história. Com o Senhor dos Espinhos foi muito parecido, então estou ansioso para assistir o segundo episódio, depois do final que o primeiro teve.

Hai to Gensou no Grimgar 



Hai to Gensou no Grimgar foi um anime bastante parado em seu primeiro episódio, embora eu tenha gostado dos personagens, apesar de não saber nada sobre eles ainda. Aparentemente há um mistério por traz de como eles vieram para em Grimgar, provavelmente vindos da Terra, e espero que a história seja baseada neste mistério. Não há muito o que comentar do primeiro episódio, mas o mistério me intrigou. É muito similar a séries que eu gosto como Sword Art Online e No Game no Life nesse sentido de ser transportado para outro mundo, portanto pode ser interessante continuar.

Dagashi Kashi



Dagashi Kashi provavelmente será a comédia da temporada para mim caso continue no caminho que traçou neste primeiro episódio. A história se baseia em algo muito simples Shidare Hotaru, filha de uma das maiores empresas de doces, Shidare, quer levar o pai de Shikada Kokonotsu para trabalhar para a empresa de seu pai, mas o pai de Kokonotsu só concordará em ir se Hotaru convencer seu filho a herdar sua loja de doces. coisa que Kokonotsu não quer já que ele tem como sonho se tornar mangaká. Creio que será um slice of life focado em doces ao estilo Non Non Biyori, no meio rural, com episódios divertidos que vão tirar o melhor dos personagens, que são ótimos, e do tema que propôs, também com uma certa dose de romance. Tenho altas expectativas, adoro slice of lice loucão com comédia.

É isto, minha lista de animes desta temporada possui seis nomes e a minha primeira impressão sobre todos eles foi ao menos boa. Creio que terei uma excelente temporada, cheia de surpresas e coisas novas que também pode fazer crescer minha lista de mangás e novels. Aguardem o review completo de cada um no final da temporada!

sábado, 9 de janeiro de 2016

Diferenças entre os mercados brasileiro e o americano de mangás

Nestes últimos meses tive muito contato com o mercado americano de mangás graças a minha viagem ao Estados Unidos, com isso aprendi bastante sobre como ele funciona. Volta e meia eu abordo este assunto no Twitter, mas nunca fiz um texto completo sobre o assunto, portanto este será, digamos, o texto definitivo. Existem muitas diferenças nos dois mercados, a maioria delas deixando os Estados Unidos em vantagem em relação ao Brasil. No entanto, as diferenças que mais me incomodam, que considero um defeito no mercado brasileiro, é a insistência em vender em bancas e o fato de não haver reimpressão de mangás quase nunca. Uma série de problemas são derivados deste dois, por isso irei focar mais neles.

É notável que o sistema de bancas é falho e tem muitos problemas, principalmente em um país de dimensões continentais como o Brasil. Há apenas uma distribuidora que atua nas bancas fazendo com que todo o sistema, e as editoras, fiquem a mercê dela. Desta forma, sempre ouvimos falar que mangá tal não chegou em cidade tal, ou chega com atrasos inviáveis. As editoras não podem fazer muita coisa quanto a isso, já que a distribuidora, além de mangás, distribui tudo que é comercializado em bancas e tem seu próprio jeito de fazer as coisas, as editoras gostando ou não. Além disso, bancas tem espaço limitado e geralmente só possuem a edição mais recente do mangá, ou seja, caso você tenha perdido uma edição você terá duas escolhas: procurar uma comic shop, que são raras, mas existem, ou pedir ao jornaleiro para pedir na distribuidora, se você é amigo de um jornaleiro, é uma opção, mas ainda há o risco de não encontrar a edição. Isso faz com que os leitores pensem duas vezes antes de comprar uma série que já está em andamento, e com razão. Por isso, sempre defendi a venda de mangás em livrarias e, quando possível, comic shops. No Estados Unidos é desta forma, geralmente as livrarias tem um bom acervo de mangás de todas as editoras, sem falar na Amazon e outras lojas online que possuem qualquer edição que você queira, de qualquer mangá, é muito difícil não encontrar o que você quer. Recentemente, a Barnes & Noble, a maior rede de livrarias físicas dos Estados Unidos expandiu a seção de mangás em todas as suas lojas, quando vi as fotos desejei muito que algo assim acontecesse no Brasil. No entanto, no Brasil quase não se vê mangás em livrarias, salvo raras exceções; já visitei as maiores livrarias do Rio de Janeiro e apenas a Livraria Cultura no Centro da cidade tem mangás em quantidade satisfatória, mas ainda assim não chega perto de algo parecido com a foto abaixo, por exemplo. A Amazon Brasil também não consegue resultados melhores, é mais fácil achar mangás em inglês lá do que em português, é frustrante. Livrarias têm a capacidade de manter em estoque coleções completas e poupar os leitores da falta de volumes, ou compra com preços absurdos, então porque não?


O problema de não haver reimpressões quase sempre está ligado a este problema, já que as bancas, principal local de venda de mangás, não mantém todas as edições, portanto reimpressões não fazem muito sentido já que elas não irão para a banca, a nãos ser em casos excepcionais. Até as poucas comic shops que existem sofrem com isso, seus estoques acabam e não há como repor. A alternativa que sobra para os leitores neste caso é procurar em eventos ou procurar em outros lugares, geralmente com preço acima do de capa. Se as editoras reimprimissem as edições sempre que necessário, a série estaria sempre disponível, isto é vantajoso para os leitores e para as editoras. Sem reimpressão, não há quase adição de novos leitores durante a publicação da série porque raramente se encontra o primeiro de qualquer série depois de alguns meses. Com a reimpressão, novos leitores sempre apareceriam e ainda resolveria o problema de leitores que não têm condições de comprar o mangá no momento do lançamento, mas que no futuro poderiam comprar. Muita gente reclama que há muitas séries no mercado e que as editoras deveriam diminuir o número, isto é fruto de falta de reimpressão. Os leitores precisam comprar todas as edições de todas as séries que queiram assim que saem, religiosamente, do contrário correm o risco de ficarem com a coleção incompleta. Nos Estados Unidos, e também no Japão, é diferente, sempre há reimpressão das edições, quando necessário, assim fica muito mais fácil de planejar o que você irá comprar, colecionar fica muito mais fácil. 

Eu particularmente sou bastante resistente a "edições especiais" de mangás que já foram lançados no Brasil, os famosos relançamentos. Devo dizer que nos Estados Unidos também fazem relançamentos, mas geralmente são de mangá antigos e geralmente grandes, fazendo edições 2-em-1 ou 3-em-1, que, aliás, são bastantes econômicas. Muitas edições especiais e relançamentos seriam evitadas com reimpressão. Por exemplo, o relançamento de Bleach é constantemente pedido, neste uma nova edição 3-em-1 seria uma boa já que a série é muito grande. Tirando séries grandes, uma reimpressão resolveria o problema. Relançamento somente em casos muito especiais,  de preferência muito tempo depois do final da sua primeira publicação. 

Na minha opinião, estas três diferenças são cruciais e se o mercado brasileiro seguisse o exemplo do mercado americano, eu creio que tudo seria mais simples para os leitores brasileiros e ajudaria o mercado a crescer ainda mais. Apesar de existir outros problemas que poderia comentar, vou terminar por aqui. Quem sabe no futuro volto a este assunto abordando outras diferenças. Também pretendo fazer reviews de obras que estou comprando aqui, apontarei diferenças nestes posts também. Fiquem ligados, sempre falarei dos mercados brasileiro, americano e japonês por aqui. Até a próxima!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Review: The Idolm@ster

Primeiramente, bem-vindos ao meu blog. Depois de tanto tempo ruminando esta ideia, finalmente decidi fazer um blog para por meu pensamentos sobre as coisas que eu vejo e leio durante meu tempo livre. Vou tentar escrever pelo menos uma vez por semana, mas a vida de universitário é difícil, então posso não postar toda semana, mas não deixarei o blog morrer. Enfim, vamos ao assunto do primeiro post do blog: The Idolm@aster.


Confesso que The Idolm@aster foi um empurrão que faltava para fazer um blog. A experiência com este anime foi tão boa que eu simplesmente queria escrever sobre ele em algum lugar para esvaziar minha mente de todo os pensamentos. Então, cá estou.

The Idolm@ster segue a vida diária de um produtora de idols, 765 Production, e suas 13 garotas aspirantes a idols, que são ajudadas por dois produtores, a Ritsuko e um que as idols apenas chamam de Produtor. Elas passam por diferentes situações que envolvem sua vida pessoal e fantasmas passados para crescer como idols. Bem simples, acho que não muda foge muito do que os animes de idols fazem geralmente, embora não possa dizer com certeza, The Idolm@ster é meu primeiro.

Eu creio que o que faz um anime sobre idols bom são justamente as idols, suas personalidades, a história que elas trazem, seus sonhos e conflitos. Carisma é obrigatório, não há idols sem carisma, e acho que The Idolm@aster é perfeito em todos os esses aspectos, cada idol é bem diferente uma das outras, mas no fim elas formam uma profunda amizade. Algumas têm histórias, mas profundas do que outras, mas creio que isto também faça parte deste mundo, não são todos que tem uma grande história por trás para explicar seu sonho de ser idol, ter o sonho de ser idol apenas por achar divertido também é uma razão válida.

O anime começa de uma forma bastante interessante: o primeiro episódio é como se fosse um documentário sobre as idols, alguém faz perguntas para elas enquanto são filmadas, com isto aprendemos o básico sobre cada uma delas. No fim, descobrimos que quem estava filmando era o novo produtor da 765 Production, as garotas também não sabiam e ficaram surpresas. Eu acho que foi um jeito legal de apresentar as personagens e até seria um jeito legal de fazer todo o anime, eu pensei inicialmente. Porém, somente o primeiro episódio foi assim, a partir daí a história se desenrola, seguindo o produtor na maior parte do tempo, mas se focando nas garotas para contar suas histórias.

Eu acho que cada garota teve ao menos um episódio focado nelas, o que eu achei excelente. É óbvio que em animes assim sempre temos nossas favoritas, mas por causa disso acabei me apegando a todas elas, acho que nunca fiquei em luto assim por um anime terminar. Todas as garotas são legais a sua maneira. Por isso, acho que cabe uma pequena introdução de cada uma delas. Vou tentar não dar spoilers porque quero todo mundo vendo este anime!


Utilizando a imagem acima como guia (aliás, o anime é tão fofíssimo que você irá querer tirar screenshot toda hora) começo pela fila de cima do lado esquerdo.

Takane Shinjou é misteriosa, mas de um jeito engraçado, ela adora ramen e comida, pode falar sobre isso por horas, mas tirando isto ninguém sabe muito sobre ela e o anime também não dá pistas, mas eu acho que ela vem de uma família bastante rica, pela forma eloquente que fala; ela é uma completa dama. Da mesma forma que seu background, a razão de ela ser idol também não se sabe.

Ao lado dela temos Makoto Kikuchi e sim, ela é uma garota. A sua aparência faz parte da razão dela ser idol, ela queria ser princesa, algo que não conseguiu ser na infância. No entanto, o seu plano acaba sendo frustrado já que ela acaba tendo mais fãs mulheres do que homens e ela só fica legal quando é "cool" e "prince-like". É muito engraçado ver ela tentando. Ela também uma excelente amiga.

Haruka Amami é bastante amiga da Makoto. O anime tende a focar bastante na Haruka por vários motivos. Ela tinha o sonho de se tornar idol desde criança, motivada pelo desejo de cantar junta com outras idols. Ela se torna uma personagem muito interessante durante todo o anime.

Chihaya Kisaragi também é grande amiga de Makoto e Haruka. Ela também é misteriosa, mas diferente da Takane, eu senti desde o início que ela escondia algo. Ela é quieta e não fala muito. A história dela surpreende bastante, provavelmente é a mais densa dentre as garotas. Seria um grande spoiler se eu falasse mais do que isso, inclusive a razão dela ser idol.

Miki Hoshii é a minha favorita disparada, meu gosto por ela só aumentou durante todo o anime. A razão dela é bastante simples: ela gosta de ser idol porque ela gosta de brilhar no palco, ela gosta dessa sensação. Acho que ela é uma das que mais cresce durante o anime se tratando de maturidade e como isso ajudou ela a usar o seu imenso talento melhor. Ela esbanja carisma, não tem como não gostar dela, rir do jeito dela e torcer por ela.

Azusa Miura parece ser a mais velha do grupo, mas a personalidade divertida dela faz com que nos esqueçamos disso. Eu promete que no episódio que foca nela, vocês irão rir pra caramba, é sem preço. A razão dela ser idol não foi dita no anime até onde eu me lembro.

Agora na fila de baixo do lado esquerdo temos Hibiki Ganaha, minha segunda favorita. Antes de ver o anime eu já gostava bastante dela, me parecia uma personagem muito legal, confirmou minhas expectativas. Ela é apaixonada por animais e trabalha como idol para sustentar todos os animais que possui. Ela é a energética do grupo, sempre dando o seu melhor por sua família.

Yukiho Hagiwara é o oposto da Hibiki, ela é tímida, tem medo de cachorros e não consegue lidar com garotos, no início você se pergunta como ela chegou a esta carreira, mas é interessante ver a mudança dela durante o anime. Ela evolui bastante, sem deixar sua personalidade calma e delicada de lado e até a usando da forma correta.

Iori Minase é filha de uma família rica dona do grupo Minase, de início podemos ter a opinião de que ela não precisava ser idol, mas é o que eu disse antes, você pode querer ser por achar divertido. Acho que ela sempre sonhou com isso e também ela quer provar para a sua família, que fica tirando sarro dela, que ela pode ser idol.

Yayoi Takatsuki é bastante amiga da Iori e isto também é muito interessante porque diferente da Iori, Yayoi não vem de uma família rica e quer se tornar idol para ajudar a família a ter uma vida melhor. Apesar do seu trabalho de idol, ela ajudar a cuida de seus irmãos todo dia já que seus pais trabalham até tarde. Iori e Yayoi são duas das minha favoritas por causa dessa relação, além da personalidade tsundere da Iori e da voz extremamente fofa da Yayoi.

Ami e Mami Futami são as gêmeas mais divertida da história dos animes, não tem como não rir com cada aparição delas. Elas não são muito exploradas quanto a razão delas serem idols e o background dela, mas acho que só pela comédia já vale. Essas duas também me conquistaram.

Como dá para perceber, cada garota tem sua personalidade, sua história e o que deseja realizar, mas no fim o que importa é a amizade entre elas que foi construída durante os anos que passaram juntas. Essa é a mensagem que  o anime passa e que serve não só para o mundo das idols, mas também para a vida: cada um tem seus projetos e às vezes podemos estar separados, mas a ligação criada pela amizade nunca se deteriorará. A execução de tudo isso no anime é perfeita, tendo várias surpresas, não só das garotas, mas da staff que trabalha na 765 Production. É impressionante como o anime não deixa ninguém de lado. Eu acabei me apegando a todos os personagens e estou ansioso para ver OVAs e o filme da série.

Para terminar, a parte do técnica do anime também foi excelente. A animação não teve nenhum erro perceptível e tudo teve uma boa qualidade. As músicas foram também divertidas, como se esperar de uma anime de idols, sendo utilizadas perfeitamente. Eu não consegui achar nenhum defeito neste anime, não atoa que a série já tem 10 anos. Após ver esse anime não pararei mais, próximo na lista é The Idolm@ster Cinderela Girls. Será que os produtores conseguiram manter o nível nesta segunda geração de im@s? Fiquem ligados na próxima semana!