sábado, 20 de fevereiro de 2016

Introduzindo a nova obra de Reki Kawahara: The Isolator

Light novels se tornaram uma das minhas grandes paixões atualmente, estou sempre lendo alguma e estou sempre procurando novas para ler, principalmente entre os animes que saem; se encontro algo bom e a obra original é novel eu provavelmente vou ler se for publicado. Tudo começou quando a Yen Press publicou Sword Art Online no Estados Unidos, a obra original do anime que tanto amo. Creio que esta foi a primeira experiência de muita gente no mercado americano porque o mercado de novels passou a cresceu daquele ponto em diante. Reki Kawahara, autor de Sword Art Online, é extremamente popular, tanto Sword Art Online quanto Accel World fazem sucesso. Foi nesse embalo que a Yen Press trouxe, quase que colado com o Japão, a nova obra do autor: The Isolator, com um acabamento todo especial em capa dura mostrando que o mercado não poderia estar indo melhor. Hoje vou introduzir esta nova obra de Reki Kawahara que também tem me conquistado assim como Sword Art Online me conquistou!


The Isolator conta a história de Minoru Utsugi, um garoto que após eventos extremamente traumáticos na infância passou a querer não se relacionar com as pessoas, não querer ser lembrado ou lembrar de nada ou ninguém, e foi assim que ele viveu até que um dia ele recebeu poderes extraordinários dados a ela por uma pedra que veio do espaço. Assim, além de força e habilidades físicas fora do comum ele também ganhou um poder muito relacionado com seus traumas: a capacidade de se isolar completamente do mundo. Porém, não só Minoru ganhou esses poderes e de início ele não sabe que entrou e uma guerra entre aqueles que usam este poder para bem e para o mal, porém, tudo muda após ele conhecer Yumiko Azu, uma garota que a primeira vista parece uma bela colegial, mas que na verdade faz parte de uma organização do governo que tem como objetivo derrotar aqueles que usam seus poderes para o mal. A partir daí, Minoru começa uma jornada para defender aqueles que ama, seus parceiros na luta contra o mal e também para realizar seu sonho de ser esquecido por todos.

Até o momento deste post a série tem três volumes publicados no Japão e dois nos Estados Unidos, estes ambos lidos por mim. Os dois primeiros volumes deixam a entender que a série irá tomar um rumo um pouco episódico, mostrando um caso por livro, com início, meio e fim, porém, provavelmente haverá casos mais intensos e difíceis que renderão mais volumes conforme a série avança, só resta aguardar o desenrolar da série. Apesar dos casos não serem  diretamente relacionados eles possuem uma sequência, tanto no desenvolvimento dos personagens como em relação a história no geral, porque é possível perceber que existe um plot maior sendo desenvolvido no background.

É possível notar o amadurecimento do Reki Kawahara em relação a narrativa, que desenvolveu o ambiente da série muito bem durante todo o primeiro volume, desenvolvendo os personagens e dando explicações necessárias sem deixar que o fluxo do caso em curso tenha sido prejudicado. Porém, o grande desenvolvimento de ambientação ocorreu mais no segundo volume com a introdução de novos personagens e a chegada do Minoru na organização que luta contra o mal, a SFD. O elemento que achei mais interessante é o de que o poder de cada pessoa tem relação com seus traumas e desejos, assim como o poder do Minoru, então é bem interessante ficar imaginando o que ocorreu para os personagens tenham determinado tipo de poder, tanto os heróis como os "vilões". As aspas em "vilões" tem uma razão muito interessante, também. Aqueles que praticam o mal com seus poderes não necessariamente fazem isto por livre e espontânea vontade. Existem dois tipos de pedras: os Jet Eyes e os Ruby Eyes. Os primeiros são aqueles que possuem poderes, mas que não o utilizam para o mal, já o segundo são aqueles que utilizam os poderes para o mal, porém isto, na verdade, é um efeito colateral que os Ruby Eyes possuem, que o quem recebeu não tem controle. Portanto, sempre me pergunto se podemos chamar aqueles que possuem Ruby Eyes de vilões, apesar de seus atos.

Eu gosto bastante de olhar esses detalhes que te fazem pensar. Creio que The Isolator está tendo uma história mais profunda do que Sword Art Online e Accel World por causa desses detalhes. A narrativa também melhorou bastante. Sempre tive certa dificuldade em imaginar as cenas de ação em Accel World, mas em The Isolator, Reki Kawahara descreve com muito mais clareza o que facilita a imaginação e a imersão na história. A arte desenhada por Shimeji também não deixa nem um pouco a desejar, parecendo imagens de um anime. Falando em anime, creio que será uma obra que muito provavelmente terá anime em um futuro próximo, sendo de um autor do calibre de Reki Kawahara e com uma história notável.

Desta vez Reki Kawahara apostou em uma história mais profunda, apesar de ainda estar no campo da ficção científica. Creio que será uma grande leitura para aqueles que criticam as outras obras do autor. Com um futuro anime a popularidade da série irá aumentar, mas recomendo desde já a novel caso tenham a oportunidade de ler!

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